A Alopecia Androgenética é geralmente mais conhecida como “Calvície” e, de acordo com pesquisas recentes, atinge cerca de 42 milhões de pessoas no Brasil, provocando a perda parcial ou total dos cabelos. Apesar de ser mais conhecida como um mal que afeta os homens, a realidade é que também afeta mulheres, embora em número menor.
Como é algo que causa desconforto, afeta o bem-estar e a autoestima da maioria das pessoas que apresentam os sintomas, já existem algumas opções de tratamentos. Hoje, vamos falar um pouco mais a respeito desse assunto e trazer informações que poderão ajudar a conhecer, identificar e tratar essa condição.
O QUE É ALOPECIA ANDROGENÉTICA?
Na região do nosso couro cabeludo, existem receptores hormonais responsáveis pelo crescimento dos fios capilares. A alopecia androgenética é um tipo de queda determinado por questões genéticas, e ocasiona uma hipersensibilidade desses receptores, de forma que os fios de cabelo vão se afinando progressivamente, ficando mais fracos até que, por fim, caem e depois não voltam a nascer. Esse processo pode pode começar na adolescência, mas só é notado bem mais tarde, por volta dos 40 anos.
Principais sintomas da Alopecia no Homem
Nos homens, as falhas geralmente se concentram no topo da cabeça (coroa) e na parte frontal (entradas). A alopecia está associada à presença da testosterona, por isso nos homens os efeitos costumam ser mais intensos. Quando o hormônio masculino se associa com a enzima 5-alfa reductase, produz um hormônio chamado DHT, que é o responsável pelo enfraquecimento dos fios, ocasionando a queda. Em suma, os sintomas mais comuns são:
- Diminuição da espessura dos fios, que vão ficando mais fracos;
- Cabelos mais ralos;
- Começam a surgir falhas no topo da cabeça;
- Recuo da linha dos cabelos;
- Nota-se os fios ficando mais fracos e um aumento expressivo da queda, até o ponto de ser notada e, possivelmente, causar incômodos.
Principais sintomas da Alopecia na Mulher
Embora seja mais raro, a alopecia androgenética feminina também é uma realidade. É mais comum na fase da menopausa ou em mulheres que sofrem com a síndrome dos ovários policísticos. As falhas começam a surgir gradualmente, geralmente seguindo esta ordem:
- Aumento do clareamento da cor do cabelo;
- Diminuição da espessura dos fios;
- Quantidade dos fios começa a ser reduzida no centro da cabeça;
- Aumento significativo da queda.
A queda normal de cabelo
É importante citar que existe um ciclo de vida dos cabelos onde há um processo contínuo de crescimento, repouso e queda. Nesse processo, na fase da queda, é normal que caiam de 50 a 100 fios de cabelo por dia, sem afetar a quantidade de cabelo e sem que haja falhas na cabeça. Essa queda normal só deve ser motivo de preocupação se houver um grande aumento dessa quantidade associada ao surgimento de regiões sem cabelo.
O QUE PODE AGRAVAR OS SINTOMAS DA ALOPECIA ANDROGENÉTICA?
Apesar da predisposição dos genes ser um fator decisivo no caso da alopecia androgenética, o enfraquecimento ou queda pode ser agravado por alguns costumes. Vale lembrar que a observação destas práticas não impedirá a queda, mas podem prejudicar a saúde dos fios e agravar os sintomas. A seguir, listaremos alguns desses hábitos:
Uso de Bonés de chapéus
Também não é regra. Usar bonés e chapéus moderadamente não irá causar problemas, mas o uso contínuo por muitas horas todos os dias poderá colaborar para o aumento do volume de fios que caem.
Estresse
Estresse em excesso, ansiedade ou traumas podem desencadear a perda de vitaminas importantes para o crescimento saudável dos fios, causando enfraquecimento capilar e, consequentemente, a queda.
Dormir com o cabelo úmido
Se alguém te disse que dormir com o cabelo molhado é prejudicial, essa pessoa estava certa. Esse hábito cria um ambiente úmido e quente, perfeito para os fungos se proliferarem, causando irritação, descamação e, consequentemente, ocasionar aumento na queda.
Pentear o cabelo molhado
Os cabelos úmidos ficam mais frágeis e se quebram com mais facilidade. Pentear os cabelos nesse estado, com frequência, pode ser prejudicial aos fios.
Pranchas e secadores usados de forma inadequada
Os cabelos que já estão fracos e quebradiços podem ser mais sensíveis à essa prática, ocasionando o aumento na queda, ainda mais quando são utilizados de forma inadequada, isto é, muito próximo do couro cabeludo.
O fator hormonal
No caso das mulheres, as alterações hormonais podem causar a queda. Isso pode ser agravado por diversos fatores, como o uso de alguns tipos de anticoncepcionais, gravidez ou climatério. É preciso consultar um médico para tirar as dúvidas.
No caso dos homens, o fator hormonal está diretamente associada à alopecia androgenética, conforme já foi dito, pois a testosterona está envolvida no atrofiamento dos bulbos capilares.
Fator idade
Não é uma regra, mas a queda pode ter uma maior incidência conforme a idade avança. Associado aos fatores genéticos, o volume da queda irá aumentar. No entanto, se a pessoa não tiver problemas capilares, a idade não afetará tanto.
Lavar com frequência causa a queda?
Este é um mito que vamos aproveitar para esclarecer. Cada tipo de cabelo tem uma necessidade diferenciada. Muitas pessoas evitam lavar o cabelo todos os dias por acreditarem que a oleosidade natural do cabelo é benéfica para os fios, porém isso pode causar o efeito contrário e prejudicar a saúde capilar. É importante observar a necessidade de cada tipo de cabelo de forma individual e descobrir o que é mais indicado no seu caso.
Outros fatores que podem contribuir
Além dos fatores citados, existem outros motivos que podem ocasionar o aumento da queda, porém cada caso deve ser investigado por um profissional para serem tratados corretamente. São estes fatores: tipos de dermatite seborreica, excesso de produtos químicos, má alimentação, falta de vitaminas, alguns tipos de medicamentos e tratamentos ou distúrbios de tireoide. Em casos de cirurgia, pós-parto e quimioterapia, por exemplo, a incidência da queda é temporária e o cabelo volta a crescer posteriormente. Outro fator que também pode gerar dúvidas é a questão da queda de cabelo ser um dos efeitos colaterais de quem já teve covid-19, porém este fator pode estar mais associado ao estresse devido à doença ou perda de nutrientes.
TRATAMENTOS PARA ALOPECIA ANDROGENÉTICA
Os estudos de casos e testes em laboratório estão sempre trazendo descobertas que ajudam a possibilitar novos tratamentos e potencializar os já existentes. Assim, reunimos informações sobre os principais tratamentos para alopecia androgenética, conforme veremos a seguir:
Shampoo antiqueda realmente funciona?
Segundo os especialistas, esse tipo de shampoos não pode ser indicado como tratamento pois não age diretamente na raiz da queda, mas pode ser um auxiliar para quem já faz algum tipo de tratamento. No caso da alopecia androgenética, provavelmente não haverá efeito algum.
Implantes capilares
São indicados nos casos mais avançados do problema. Os fios são implantados nas áreas afetadas, um a um, e os resultados começam a aparecer em seis meses.
Medicação Oral
A medicação oral pode ser uma aliada no tratamento da calvície, pois funciona como um inibidor hormonal. Alguns suplementos orais também são ótimos para complementar a ingestão de vitaminas e nutrientes que irão beneficiar a saúde capilar, mas apesar de terem impacto positivo na saúde, podem não agir diretamente na raiz do problema da alopecia androgenética.
Medicação de Uso tópico
Os medicamentos de uso tópico, ou seja, de aplicação na pele, agem diretamente no problema, possibilitando a revitalização dos folículos, estimulando o crescimento em regiões onde não cresciam mais. Essa opção é segura e não invasiva, de modo que tem sido adotada por muitas pessoas.
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Tratamento a laser
O tratamento a laser é levemente invasivo e vai ajudar a alterar o ciclo de crescimento dos fios, estimulando o metabolismo e a vasodilatação, aumentando a irrigação dos folículos pilosos. Desse modo, auxilia no controle do problema. Mas atenção: esse procedimento deve ser feito somente em clínica especializada.
Com essas informações, pode-se entender o que desencadeia e qual a melhor opção de tratamento para alopecia androgenética, e esperamos que isso possa ter te ajudado de alguma maneira. Mas é sempre bom reiterar: é altamente recomendável consultar um profissional médico para entender a raiz do problema e fazer os tratamentos indicados, de modo que os resultados serão efetivos e satisfatórios.
Fontes consultadas: Portal Tua Saúde | Sociedade Brasileira de Dermatologia | Dermaclub